Dia Do Senhor

O Que a Bíblia Diz?
O que Quer Dizer
"Dia do Senhor"?
De Isaías ao Apocalipse, a frase "dia do Senhor" aparece em 25 versículos, e expressões semelhantes surgem em vários outros. A linguagem bíblica, freqüentemente citando "o dia do Senhor", é facilmente interpretada como se falasse de um só dia, talvez o dia final quando o Senhor voltará para julgar todas as pessoas. Mas o assunto não é tão simples assim. Esta pergunta serve para ilustrar bem uma regra fundamental de estudo bíblico: é necessário examinar palavras e frases em seus contextos.
Considerando as citações bíblicas sobre o "dia do Senhor", podemos ver que a mesma frase têm, pelo menos, quatro significados diferentes. Em cada caso, discernimos o sentido no contexto. Vamos examinar exemplos destes significados.
Um dia de julgamento de pessoas, cidades, povos ou nações. Este é o sentido mais comum, especialmente nas profecias do Velho Testamento. Isaías falou desta maneira do castigo da Babilônia (Isaías 13:6,9). Jeremias descreveu o castigo do Egito como "o Dia do Senhor. . . dia de vingança contra os seus adversários" (Jeremias 46:10). Seu contemporâneo, Ezequiel, também usou a mesma linguagem ao falar sobre o castigo do Egito (Ezequiel 30:3) e o de Jerusalém (Ezequiel 13:5; veja Sofonias 1:7,14). Joel usa esta frase para falar do castigo do povo judeu (Joel 1:15; 2:1) e do julgamento de várias nações (Joel 3:14; veja Obadias 15).
Uma referência ao cumprimento do plano de Deus por meio de Jesus Cristo em sua primeira vinda (Joel 2:31; Malaquias 4:5; Atos 2:20).
O dia final, quando Jesus voltará e chamará todos ao julgamento (1 Tessalonicenses 5:2; 2 Pedro 3:10).
O dia santificado para o louvor do Senhor. Entre os israelitas do Antigo Testamento, foi o dia do sábado, quando lembraram do descanso de Deus da obra da criação (Isaías 58:13). Para os cristãos na Nova Aliança, é o primeiro dia da semana, quando lembramos da obra de Jesus, morrendo na cruz e sendo ressuscitado no primeiro dia para nos mostrar-nos o caminho à vida eterna (Apocalipse 1:10; veja Lucas 24:1; Atos 20:7; 1 Coríntios 16:2).
O dia do Senhor representa duas opções e dois destinos. É dia de destruição e de salvação. O mesmo dia que trouxe castigo aos opressores livrou os oprimidos. O mesmo dia que trouxe salvação aos que receberam a palavra condenou os desobedientes. O mesmo dia que marcará a entrada no céu para alguns será o começo do castigo eterno para outros (Mateus 25:46). E o mesmo dia em que os cristãos comemoram o sofrimento de Jesus na cruz é ocasião de escândalo e loucura para outros (1 Coríntios 1:23-25).
O Dia do Senhor: salvação ou condenação? A decisão é nossa!


O dia do Senhor e as reuniões públicas


Os assuntos que estou discutindo podem ser observados de diferentes pontos de vista. Estou olhando para eles como meios que Deus nos forneceu para nos manter salvos.


O próprio dia do Senhor pode ter este efeito. Lucas descreve uma reunião em Trôade: "No primeiro dia da semana, estando nós reunidos com o fim de partir o pão, Paulo, que devia seguir viagem no dia imediato, exortava-os..." (Atos 20:7). As ordens de Paulo à igreja de Corinto eram as mesmas que a sua ordem às igrejas gálatas: "No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme a sua prosperidade, e vá juntando, para que se não façam coletas quando eu for" (1 Coríntios 16:2).


Jesus Cristo tinha se levantado dentre os mortos no primeiro dia da semana (Lucas 24:1,13,21). Se você consultar um bom livro de referências, você verá que a primeira vez que o primeiro dia da semana é mencionado no Novo Testamento é em relação com a ressurreição de Cristo. Mas esse dia é mencionado muitas vezes, sete ou mais, nessa relação. E, sempre depois, o primeiro dia da semana teria um significado especial nos corações dos discípulos de Cristo.


Se você é do tipo do "discípulo" que pode ignorar a passagem do domingo, então, certamente, meu ponto de vista não terá nenhuma validade para você. Mas, se o primeiro dia da semana tem significado especial para você, então, um dia em cada sete será uma lembrança da conquista da morte por nosso Senhor. A cada domingo será outra lembrança da ressurreição de Cristo. Cada primeiro dia da semana aumentará um pouco mais a força da ligação entre você e o Senhor. Que grande doação Deus fez ao seu povo, ao dar-lhe o dia do Senhor!


As reuniões públicas


Aqui eu me refiro a tais ocasiões como as que Paulo descreve: "quando vos reunis na igreja" (1 Coríntios 11:18), "quando . . . vos reunis no mesmo lugar" (11:20), "quando vos reunis para comer" (11:33), "Se . . . toda a igreja se reunir no mesmo lugar" (14:23).


Quando considerarmos o que Deus quer que façamos quando nos reunimos, compreenderemos que estas reuniões públicas são uma grande parte das providências de Deus para nos manter salvos. Estou omitindo a ceia do senhor aqui para poder considerá-la mais tarde, como um ponto separado. Mas olhem para alguns outros aspectos das reuniões públicas.


Deus quer que o seu povo seja um povo cantante. Mas precisamos olhar as "passagens cantantes" mais de perto do que quando nós as usamos apenas para mostrar que Deus quer que cantemos. Considere duas das mais importantes passagens: "...falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos espirituais" (Efésios 5:19). "Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais; com gratidão, em vossos corações" (Colossenses 3:16).


Este cantar aponta em duas direções. Ele aponta verticalmente, em direção a Deus: "louvando a Deus" (Colossenses 3:16). A ordem das palavras no fim de Colossenses 3:16 é apropriadamente "com gratidão, em vossos corações". Mas aponta também horizontalmente, na direção do homem: "falando entre vós", "instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente". Deus quer que demos e recebamos alguma instrução, algum encorajamento e alguma admoestação de nosso cantar. Naturalmente não receberemos nada disto se cantarmos como mera rotina. Mas se ouvirmos as palavras e fizermos que as palavras do canto sejam nossas palavras, receberemos alguma coisa delas.


A oração receberá um tratamento separado, mais tarde. Mas vejam esta passagem que trata especialmente da oração pública:


"Que farei, pois? Orarei com o espírito, mas também orarei com a mente; cantarei com o espírito, mas também cantarei com a mente. E, se tu bendisseres apenas em espírito, como dirá o indouto o amém depois da tua ação de graças? visto que não entende o que dizes; porque tu, de fato, dás bem as graças, mas o outro não é edificado" (1 Coríntios 14:15-17).


Deus quer que aqueles que estão sendo dirigidos em oração saibam o que está sendo dito. Ele quer que eles realmente participem da oração e que façam dela a sua oração ao dizer "Amém." Observem que até a oração tem a intenção de edificar ou fortalecer. Se a nossa mente se distrai e dizemos "Amém" ao que nem sabemos, este propósito fica anulado. Mas quando nós realmente participamos, podemos ser edificados.


Este propósito de edificação está, obviamente, também envolvido no ensino público. De fato, a razão porque a profecia era maior dom do que as línguas (não interpretadas) era que " ...o que profetiza fala aos homens, edificando, exortando e consolando.... o que profetiza edifica a igreja" (1 Coríntios 14:3-4). Paulo deixou abundantemente claro através de 1 Coríntios 14 que o principal propósito da reunião pública é a edificação da igreja. Ele resume dizendo: "Seja tudo feito para edificação" (v. 26). Aqueles que ensinam em público deveriam certificar-se de que têm algo para dar às pessoas Salgo um pouco mais parecido com arroz e feijão do que com algodão-doce.


Por muito tempo tem-me parecido que duas atitudes são tomadas em relação a reunião pública. Alguns vêm essas assembléias como uma questão de formalidade, uma rotina que Deus quer que enfrentemos. Naturalmente, tais pessoas não voltarão a uma reunião dominical à noite, depois de terem assistido à reunião da manhã. Que sentido tem enfrentar a mesma rotina duas vezes no mesmo diaS especialmente desde que Deus não insistiu para que o fizessemos? Este raciocínio me parece perfeitamente lógico.


O problema é que estas pessoas têm um desconhecimento completo das reuniões públicas. Elas não são mera rotina a se enfrentar. Elas são feitas para nos dar alguma coisa. Cada parte da reunião pública é destinada a contribuir com alguma coisa para o fortalecimento dos laços entre nós e Deus. A ceia do Senhor, o ensinamento, o cantar, a oração, a dádiva, cada uma destas coisas, quando efetuadas de acordo com a intenção divina, tem algo a acrescentar à força desses laços. Uma pessoa que entende esse ponto deve querer participar de mais de uma reunião por semana se houver oportunidade. Ela irá à reunião do domingo de manhã para obter algo. Ela voltará às outras reuniões para obter mais alguma coisa...algo que não conseguiu na reunião da manhã.


Se, na verdade, como certamente parece ser o caso, as reuniões públicas são parte das providências de Deus para nos ligar mais junto a ele, para nos manter salvos de fato, que tipo de pessoas seremos nós quando negligenciarmos tais oportunidades ou nos queixarmos a respeito delas? Estaremos nos queixando do que é essencialmente uma dádiva de Deus? Estamos queixando-nos por termos de aceitá-la?


A Volta do Senhor


A Bíblia ensina que Jesus voltará. Esta volta deveria interessar a todas as pessoas. Quando Jesus voltará? E como? E o que acontecerá, quando Cristo voltar? Estas perguntas têm respostas simples na Bíblia, mas tornaram-se complicadas e confusas por causa do acréscimo de especulações e doutrinas humanas. Este livreto, primeiro, examinará o que a Bíblia claramente ensina e depois mostrará as falhas das teorias humanas mais ensinadas.
Quando?


"Mas a respeito daquele dia e hora, ninguém sabe nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão o Pai. Pois assim como foi nos dias de Noé, também será a vinda do Filho do homem. Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio, comiam e bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, senão quando veio o dilúvio e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do homem" (Mateus 24:36-39). "Mas a respeito daquele dia ou da hora ninguém sabe; nem os anjos no céu, nem o Filho, senão o Pai" (Marcos 13:32). "Irmãos, relativamente aos tempos e às épocas, não há necessidade de que eu vos escreva; pois vós mesmos estais inteirados com precisão de que o Dia do Senhor vem como ladrão de noite. Quando andarem dizendo: Paz e segurança, eis que lhes sobrevirá repentina destruição, como vêm as dores de parto à que está para dar à luz; e de nenhum modo escaparão" (1 Tessalonicenses 5:1-3). Ninguém sabe quando Cristo voltará. O próprio Cristo não sabia. Sabemos somente que ele voltará inesperadamente, sem aviso. Quem quer que se proponha a marcar uma data para a volta do Senhor pensa que sabe algo que nem Jesus, nem os anjos sabiam.Sempre temos que permanecer preparados para a volta do Senhor. "Portanto, vigiai, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor. Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que hora viria o ladrão, vigiaria e não deixaria que fosse arrombada a sua casa. Por isso, ficai também vós apercebidos; porque, à hora em que não cuidais, o Filho do homem virá" (Mateus 24:42-44). Desde que nunca sabemos quando o ladrão pode chegar, temos que manter nossas casas sempre fechadas. Desde que não sabemos quando o Senhor voltará, temos que sempre viver fielmente. A natureza imprevista da volta do Senhor significa que é impossível olhar em volta buscando sinais, numa tentativa de calcular uma data aproximada. Ninguém tem qualquer idéia de quando o Senhor pode voltar. Ele pode voltar antes que você termine de ler isto; ou poderiam se passar outros 2000 anos a partir de hoje. Que possamos estar sempre prontos!
Como?


"Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor" (1 Tessalonicenses 4:16-17). Quando Jesus retornar, todos saberão. A idéia de uma volta secreta do Senhor para, em silêncio, carregar uns poucos, é desconhecida nas Escrituras. A voz do arcanjo e o som da trombeta, com certeza, não são sinais silenciosos e secretos.
O Quê?


Já vimos que os mortos ressurgirão quando Cristo voltar. Em João 5:28-29 Jesus disse que todos os mortos (os justos e os ímpios) ouvirão sua voz, ao mesmo tempo, para saírem de suas tumbas. 1 Coríntios 15:50-55 indica que aqueles que ainda estiverem vivos, no retorno de Cristo, serão transformados de modo que possam herdar o reino de Deus, com corpos glorificados e incorruptíveis.Quando Cristo voltar, o mundo será destruído pelo fogo. "Virá, entretanto, como ladrão, o Dia do Senhor, no qual os céus passarão com estrepitoso estrondo e os elementos se desfarão abrasados; também a terra e as obras que nela existem serão atingidas. Visto que todas essas cousas hão de ser assim desfeitas, deveis ser tais como os que vivem em santo procedimento e piedade, esperando e apressando a vinda do Dia de Deus, por causa do qual os céus incendiados serão desfeitos e os elementos abrasados se derreterão" (2 Pedro 3:10-12). Muitos estão esperando que Cristo volte e fique na terra por muitos anos; mas isto será impossível, desde que a terra será destruída quando ele voltar.
Quando Cristo retornar, ele levará todos os homens para encontrá-lo no julgamento. Mateus 25:31-46 descreve o julgamento, minuciosamente. Aqui, Jesus disse que isso acontecerá quando ele voltar (v. 31). Paulo, também, falou do julgamento que acontecerá, na volta de Cristo. "E a vós outros, que sois atribulados, alívio juntamente conosco, quando do céu se manifestar o Senhor Jesus com os anjos do seu poder, em chama de fogo, tomando vingança contra os que não conhecem a Deus e contra os que não obedecem ao evangelho do nosso Senhor Jesus. Estes sofrerão penalidade de eterna destruição, banidos da face do Senhor e da glória do seu poder, quando vier para ser glorificado nos seus santos, e ser admirado em todos os que creram, naquele dia (porquando foi crido entre vós o nosso testemunho)" (2 Tessalonicenses 1:7-10).
Quando Cristo voltar, ele devolverá o reino a Deus. "Cada um, porém, por sua própria ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda. E, então, virá o fim, quando ele entregar o reino ao Deus e Pai, quando houver destruído todo principado, bem como toda potestade e poder. Porque convém que ele reine até que haja posto todos os inimigos debaixo dos seus pés. O último inimigo a ser destruído é a morte" (1 Coríntios 15:23-26). Cristo está reinando agora. Ele reinará até que o último inimigo seja destruído. Então ele devolverá o reino ao seu Pai. O último inimigo é a morte. Cristo destrói a morte pela ressurreição. Portanto, quando Cristo voltar e levantar todos os homens, ele estará destruindo o último inimigo e entregará, então, o reino ao Pai, para que ele reine eternamente.
Cristo voltará visível, em tempo inesperado e desconhecido. Quando ele voltar:
- Todos os mortos serão ressuscitados.
- Os viventes serão transformados.
- A terra será destruída.
- Todos os homens serão julgados.
- O reino será devolvido ao Pai.
Estes pontos são simples e claramente vistos nas passagens anotadas. O problema começa ao tentar reconciliar estes ensinamentos bíblicos básicos com as doutrinas produzidas pelos homens. As anotações seguintes examinam várias objeções freqüentemente levantadas contra estas claras verdades da Bíblia.
Objeções e Perguntas


E sobre o estabelecimento do reino de Cristo?O Velho Testamento predisse a vinda do reino de Cristo. "Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos debaixo dos teus pés. O Senhor enviará de Sião o cetro do seu poder, dizendo: Domina entre os teus inimigos" (Salmo 110:1-2). É interessante que o Novo Testamento cita esta passagem muitas vezes e mostra que ela foi cumprida quando Cristo subiu de volta ao Pai."Exaltado, pois, à destra de Deus, tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vedes e ouvis. Porque Davi não subiu aos céus, mas ele mesmo declara: Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos por estrado dos teus pés. Esteja absolutamente certa, pois, toda a casa de Israel de que a este Jesus, que vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo" (Atos 2:33-36). Deus já instalou Cristo como rei. Estude também Mateus 28:18; Efésios 1:20-23; e Apocalipse 19:16. Os cristãos já estão no reino de Cristo. "Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor"(Colossenses 1:13). "E nos constituiu reino, sacerdotes para o seu Deus e Pai, a ele a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém. . . . Eu, João, irmão vosso e companheiro na tribulalção, no reino e na perseverança, em Jesus. . ." (Apocalipse 1:6,9). Freqüentemente, Apocalipse 20 é citado para tentar provar um futuro reino de Cristo, de 1000 anos, aqui na terra. Mas, de acordo com o contexto de Apocalipse 20, são os mártires descritos em 6:9-11 que estão ressuscitados, para sentarem-se em tronos e reinarem com Cristo no céu. Apocalipse 20 não discute um reino com Cristo fisicamente presente na terra. Às vezes, algumas pessoas argumentam que Cristo não pode estar reinando sobre a terra agora, porque muitas pessoas o desobedecem. Mas a desobediência não é prova de que Cristo não está reinando. Um rei pode reinar sobre um reino físico na terra e, entretanto, alguns podem desobedecê-lo. No fim, Cristo punirá a desobediência (estude a parábola em Mateus 13:24-30,36-43). Jesus nunca teve a intenção de estabelecer o tipo de reino material que alguns pensam que vai acontecer (João 18:36).
E sobre as promessas de Deus aos judeus?
Deus prometeu dar a Abraão e seus descendentes, os judeus, a terra de Canaã. Ele cumpriu essa promessa completamente (Josué 21:43-45; Neemias 9:7-8). Se os judeus conservariam essa terra ou não, isso dependeria de sua fidelidade ao Senhor (Deuteronômio 28:58,63). Por causa de sua infidelidade os judeus perderam seu direito à terra prometida.
Deus também prometeu abençoar os judeus e todas as nações com a vinda de Cristo. As bênçãos espirituais em Cristo não foram destinadas a todos com sangue de Abraão em suas veias, mas àqueles que compartilham a fé de Abraão (Romanos 2:28-29; 4:16-17; 9:6-8; 11:1-5; Gálatas 3:6-9). O Velho Testamento tinha predito claramente que os gentios fiéis também seriam trazidos para partilhar igualmente as bênçãos dos judeus fiéis (Gênesis 12:3; Isaías 2:1-4; 11:10-12; Zacarias 8:23). Paulo disse que atualmente: "Não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus" (Gálatas 3:28).
Muitas das promessas dos profetas do Velho Testamento são mal entendidas e, portanto, mal aplicadas a algum tipo de reino material de Cristo na terra. Muitas das profecias do Velho Testamento descrevem o reino de Cristo em um tempo de paz e prosperidade. Há pessoas que compreendem mal e imaginam que elas estão falando de uma paz e uma fartura material; mas não estão. Estas profecias do Velho Testamento têm que ser espiritualmente entendidas. Passagens como Isaías 11:1-10 e Amós 9:11-15, que são freqüentemente aplicadas a algum futuro reino material de Cristo, são ditas por escritores do Novo Testamento como tendo sido cumpridas espiritualmente no reino de Cristo agora (Romanos 15:12; Atos 15:13-18). É muito importante que permitamos que a revelação que Deus fez no Novo Testamento tenha prioridade na explicação do que ele pretendia nas profecias do Velho Testamento.
E sobre os sinais dos tempos?
Em contraste com o ensinamento de Jesus em Mateus 24:37-44, que o tempo de sua volta seria um período comum, sem sinais especiais, há muitos que ensinam hoje em dia que podemos saber que a volta de Jesus está próxima se olharmos para os sinais dos tempos. Este ponto de vista está baseado num mau entendimento de "E, certamente, ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; vede, não vos assusteis, porque é necessário assim acontecer, mas ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, reino contra reino, e haverá fomes e terremotos em vários lugares; porém tudo isto é o princípio das dores" (Mateus 24:6-8). Observe o assunto desta passagem. Em Mateus 24:1-2, Jesus falou sobre a destruição do templo e de Jerusalém, o que ocorreu 40 anos mais tarde, em 70 d.C. Os discípulos no versículo 3, perguntaram quando estas coisas aconteceriam e também sobre sua última volta. Jesus, primeiro, respondeu à pergunta sobre a destruição de Jerusalém. Ele advertiu, nos versículos 4-14, que muitas coisas aconteceriam, mas que não ficassem alarmados. Estes não seriam ainda os sinais do fim de Jerusalém. Então, ele lhes contou o que o sinal realmente seria, no versículo 15, e advertiu-os para que fugissem quando o vissem. No versículo 34 Jesus disse: "Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que tudo isto aconteça"(Mateus 24:34). Tudo, até o versículo 34 deste capítulo, tinha que acontecer antes que aquela geração terminasse. Muitas pessoas olham para achar os sinais da volta de Cristo neste trecho do capítulo que está falando sobre a destruição de Jerusalém, e até mesmo no trecho que mostra as coisas que não foram sinais desta destruição. Quando as pessoas citam os acontecimentos de Mateus 24:6-8 como sinais da volta do Senhor, elas ignoram o contexto. É no versículo 35 que Jesus começa a falar sobre sua segunda volta, e não antes.
E sobre as duas ressurreições?
A Bíblia ensina que todos os mortos ressurgirão ao mesmo tempo. "Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo" (João 5:28-29). Veja também Atos 24:15. De fato, aprendemos em João que a ressurreição e o julgamento ocorrerão no mesmo dia (João 6:54; 12:48) Algumas pessoas tentam provar que haverá duas ressurreições da matéria, citando Apocalipse 20. Mas esta passagem não trata de ressurreições da matéria. O assunto central do Apocalipse é a pergunta de 6:10. Neste versículo, as almas daqueles decapitados por amor de Cristo estão em baixo do altar do céu, perguntando por quanto tempo ainda esperariam até que fossem vingados e quando aqueles que os mataram seriam julgados. É dito a eles que esperem um pouco mais. Quando o livro se abre, vemos o julgamento de Deus sobre aqueles que mataram os primeiros cristãos. Finalmente, no capítulo 20, vemos esses mártires sendo levantados e saindo debaixo do altar do céu, para se assentarem nos tronos da vitória. Esta ressurreição não tem nada a ver com a ressurreição de nossos corpos da cova, mas é uma ressurreição das almas no céu. As passagens que tratam da ressurreição dos corpos mortos da terra (João 5:28-29, etc.) ensinam claramente que todos serão ressuscitados ao mesmo tempo.
E sobre a grande tribulação?
Está na moda ensinar que Jesus voltará secretamente e arrebatará seus fiéis, e que o mundo então passará por um período de 7 anos de sofrimentos. A idéia desse período de 7 anos de tribulação, quando o Senhor voltar, não é nem sequer sugerido na Bíblia, muito menos ensinado. A Bíblia certamente ensina que os cristãos sofrerão tribulação (João 16:33; Atos 14:22; 2 Timóteo 3:12). E há períodos de tribulação ainda maior, tal como o que ocorreu quando Jerusalém foi destruída (Mateus 24:21) ou como aquele que as igrejas do Apocalipse sofreram (Apocalipse 1:9; 2:9-10; 7:14). Mas nenhuma passagem da Bíblia menciona um período especial de 7 anos de tribulações na volta de Cristo.
E sobre o anticristo?
A palavra anticristo é mencionada em 3 capítulos da Bíblia: "Filhinhos, já é a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também agora muitos anticristos têm surgido, pelo que conhecemos que é a última hora. Eles saíram de nosso meio; entretanto não eram dos nossos; porque se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco; todavia, eles se foram para que ficasse manifesto que nenhum deles é dos nossos. . . . Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? Este é o anticristo, o que nega o Pai e o Filho"(1 João 2:18-19,22). "E todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus; pelo contrário, este é o espírito do anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que vem, e presentemente já está no mundo" (1 João 4:3). "Porque muitos enganadores têm saído pelo mundo fora, os quais não confessam Jesus Cristo vindo em carne; assim é o enganador e o anticristo" (2 João 7). A idéia moderna do anticristo é a de um futuro líder político, que se levantará dentre os incrédulos para se empenhar em um conflito militar contra Cristo. Mas estes textos bíblicos falam de muitos, não de um só. Eles falam de anticristos que estavam presentes, não de futuros. Eles dizem que eles se levantam dentre os cristãos, não dentre os incrédulos. As escrituras mostram que os anticristos são falsos mestres, e não líderes políticos. E falam de um conflito espiritual, e não militar, contra Cristo. É notável que uma idéia, tão completamente oposta ao que as Escrituras ensinam, possa ter sido tão largamente aceita.
Em qualquer estudo sério da Bíblia, temos que deixar as idéias humanas e as especulações de lado e voltar a um exame cuidadoso das Escrituras em contexto. Quando fazemos assim, o ensinamento sobre a volta de Cristo fica bem claro.


"Guerras e Rumores de Guerras"


Entendendo a Profecia de Mateus 24


Mateus 24 é citado freqüentemente para explicar eventos atuais. Muitas pessoas sugerem que as notícias de hoje foram preditas por Cristo, para nos falar de sua volta. De acordo com tais interpretações deste texto, cada terremoto ou outro desastre natural, e cada conflito entre nações ou ameaça de guerra, em qualquer canto do mundo, é mais uma prova de que Jesus estará voltando logo.
Mas a profecia de Mateus 24 está se cumprindo agora? Para entender este texto, precisamos lê-lo cuidadosamente e, com mente aberta, pondo de lado nossas idéias preconcebidas e o sensacionalismo dos modernos "especialistas em profecias." Neste artigo, consideraremos brevemente o conteúdo de Mateus 24 e 25. (Marcos 13 e Lucas 21 tambêm registram a mesma profecia básica. Este artigo segue o testo de Mateus 24)
O Ambiente e as Circunstâncias


Jesus estava em Jerusalém, durante sua semana final. Os chefes judeus já haviam desafiado sua autoridade, mas não tinham tido sucesso em suas tentativas para desacreditá-lo. Frustrados, começaram a planejar sua morte. Jesus lamentava a infidelidade daqueles que residiam na "Cidade Santa" (Mateus 23:37-39).
A Profecia Básica da Destruição do Templo (Mateus 24:1-3)


Quando Cristo estava saindo do templo, predisse que ele seria totalmente destruído: "Em verdade vos digo que não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derribada" (24:2). Os apóstolos perguntaram sobre esta profecia:" Dize-nos quando acontecerão estas cousas e que sinal haverá da tua vinda e da consumação do século" (24:3).
A Resposta de Jesus (Mateus 24:4-39)


É possível que os apóstolos tenham concluído que a destruição do templo e o fim do mundo aconteceriam ao mesmo tempo, mas nesta resposta a sua pergunta, Jesus fez uma distinção entre estes dois acontecimentos. Podemos saber com certeza que os sinais mencionados nos versículos 4-33 não estão falando das notícias de hoje ou de acontecimentos futuros, por causa das claras palavras de Jesus no versículo 34: "Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que tudo isto aconteça." Jesus falou mais ou menos no ano 30 d.C. O templo foi destruído pelo exército romano em 70 d.C. Alguns daqueles que ouviram a profecia viveram para ver seu cumprimento. Jesus esclareceu que os sinais que ele deu guerras, terremotos, falsos Cristos, grande tribulação, etc. iriam acontecer durante a vida de alguns dos seus ouvintes.
Jesus disse que o templo seria destruído depois da vinda de falsos Cristos e de falsos profetas (24:4-5,11,23-26), e depois de terríveis calamidades (guerras, fomes e terremotos - 24:6-8). Ele também disse que haveria perseguição (24:9-10) e aumento de pecado (24:12-13), e que o evangelho seria pregado por todo o mundo (24:14), antes que Jerusalém chegasse ao seu fim. Deste modo, Jesus estava dando algum conforto aos seus apóstolos, dizendo que a queda de Jerusalém não aconteceria imediatamente. Eles teriam tempo para cumprir sua missão antes da destruição de Jerusalém.
Estas coisas aconteceram antes de 70 d.C.? Sabemos que sim, porque Jesus disse que aconteceriam! Além desta profecia, a História nos fala de catástrofes naturais, perseguições e guerras, nesse tempo. De maior importância do que a evidência histórica, podemos nos voltar para a própria Bíblia. O Novo Testamento fala do sofrimento da fome (Atos 11:27-30), de falsos profetas (2 Pedro 2) e da perseguição contra os fiéis (Atos 8:1-3; etc.). E, exatamente como Jesus predisse, os zelosos discípulos levaram o evangelho a todo o mundo. Alguns anos antes da destruição do templo, Paulo dizia que o evangelho ". . . foi pregado a toda criatura debaixo do céu" (Colossenses 1:23). Todas estas coisas tinham que acontecer antes da destruição do templo.
Na profecia de Mateus 24, Jesus também falou dos sinais que mostrariam aos discípulos alertas que o tempo da queda de Jerusalém tinha chegado. Ele falou especialmente do "abominável da desolação" (24:15). Aqui, ele usa a mesma linguagem que Daniel usava para falar dos exércitos gentios entrando na cidade santa e no templo (veja Daniel 9:27; 11:31; 12:11). A profecia paralela de Lucas 21:20-24 torna claro que este é o significado desta linguagem. Jesus advertiu seus seguidores que estivessem prontos para fugir quando isto acontecesse. Ele disse que eles deveriam orar para que sua fuga não fosse complicada por mau tempo ou restrições do dia do sábado (24:20)
[Algumas pessoas interpretam esta referência ao sábado como evidêcia de que os cristão têm que continuar a observar esta lei do Velho Testamento, que era realmente um sinal da aliança entre Deus e os israelitas (Êxodo 31:12-18). Uma explicação melhor deste texto é encontrada em Neemias 13:15-22, onde Neemias instituiu a prática de fechar as portas da cicade no sábado para evitar violações da lei, durante o tempo do Velho Testamento.]
Ele também avisou que seria mais difícil para as mulheres grávidas e mães de crianças pequenas (24:19).
Para fixar sobre seus ouvintes o significado deste terrível dia de destruição, Jesus usou linguagem como a que encontramos nas profecias do Velho Testamento, de total destruição de nações e povos. Quando lemos os versículos 29-31, dois pontos nos ajudam a perceber que Jesus ainda está  falando de Jerusalém, e não do fim do mundo:
1. O limite de tempo que Jesus determinou em sua profecia, no versículo 34. Tinha que ser cumprido naquela geração.
2. O fato que as profecias do Velho Testamento usam a mesma linguagem para falar da destruição de reinos e cidades terrestres.Jesus disse: "Logo em seguida à tribulação daqueles dias, o sol escurecerá a lua não dará a sua claridade, as estrelas cairão do firmamento, e os poderes dos céus serão abalados" (24:29). À primeira vista, isso pode soar como o fim literal do mundo. Mas tal linguagem é usada em outros lugares, para falar da extinção de reis e reinos aqui na terra: Faraó do Egito (Ezequiel 32:2,7-10), nações gentias (Joel 3:12-15), Babilônia (Isaías 13:9,10,13). É claro que tal linguagem não profetiza, necessariamente, o fim do mundo, mas pode ser usada para falar dos julgamentos físicos contra nações, que ocorreram há muito tempo.
Jesus continuou, nos versículos 30 e 31, com figuras de julgamento do que se encontram no Velho Testamento. Ele disse que o Filho do homem viria nas nuvens, para julgar e salvar. Encontramos linguagem semelhante em passagens que falam do julgamento contra povos físicos, tais como Joel 3:16 e Amós 5:17-20. O Dia do Senhor não é necessariamente a segunda vinda de Cristo. Tal linguagem pode descrever a vinda de Deus em julgamento contra uma nação ou cidade.
Por que Jesus deu aos seus seguidores tais sinais detalhados sobre o julgamento contra Jerusalém? É claro, pela linguagem dos versículos 32-33, que ele queria que estivessem alertas e vigilantes. Se pudessem ver os sinais que ele tinha predito, teriam oportunidade para fugir e evitar serem destruídos (24:15-20).
Depois de afirmar que a destruição do templo seria acompanhada por claros sinais e que seria cumprida naquela geração (24:34-35), Jesus falou, nos versículos 36-39 ". . . a respeito daquele dia . . ." que viria sem aviso. Ele não deu uma data, nem sinais para identificar sua segunda vinda. De fato, nos versículos seguintes, ele mostra que sua segunda vinda ser  súbita, inesperada e sem sinais de advertência.
Parábolas do Julgamento Final (Mateus 24:40 - 25:30)


Depois de falar de coisas que tinham que acontecer naquela geração (até os versículos 34-35), Jesus falou de sua segunda vinda, como algo que aconteceria no momento escolhido pelo Pai, porém não revelado a ninguém (24:36-39). Ele ressalta este ponto com uma série de parábolas que descrevem sua segunda vinda. Estas parábolas todas enfatizam à importância de se estar preparado para sua volta. Jesus falou dos trabalhadores no campo (24:40-42), do ladrão na noite (24:43-44), da diferença entre os servos bons e os maus (25:45-51), do contraste entre os tolos e os prudentes (25:1-13) e da importância de preparar-se para a volta do Mestre, como é explicado na parábola dos talentos (25:14-30).
Descrição do Julgamento Final (Mateus 25:31-46)


A parte final do capítulo 25 descreve o julgamento final, mostrando que Jesus se sentará no trono do julgamento, separando os servos desobedientes dos fiéis. Essa separação será final: "E irão estes para o castigo eterno, porém os justos, para a vida eterna"(25:46).
Aplicações


Entre as muitas lições que podemos aprender, no estudo deste texto, é importante que lembremos duas:
1. Que o cuidadoso estudo dos trechos bíblicos em seu contexto pode ajudar- nos a evitar que sejamos desencaminhados por doutrinas humanas sensacionalistas, tais como o pré-milenismo. Deveríamos sempre começar pela Bíblia, e não pelas últimas manchetes dos jornais.
2. Que precisamos estar sempre preparados para a volta de Cristo. Ele não enviará sinais para nos avisar da sua volta. Pode acontecer daqui a milhares de anos, ou pode acontecer hoje à noite. Ladrões não mandam cartas com antecedência para avisar suas vítimas, e Deus não mandará aviso antecipado da volta de Cristo. Aqueles que estão preparados, nada têm a temer. Os despreparados enfrentam o trágico futuro de eterno sofrimento, separados de Deus. Que cada um se prepare para estar com Cristo na eternidade!


Estudo Textual: 2 Pedro 3:1-18
Jesus Voltará!
Ao escrever esta epístola, Pedro identificou sua meta em 1:12-15. Agora, no capítulo três, ele se refere de novo ao seu propósito: ele deseja relembrar seus leitores das palavras ditas pelos santos profetas e pelos apóstolos (3:1-2).
Pedro adverte estes cristãos que nem todos estão querendo crer na palavra de Deus. Eles esperariam nos “últimos dias” alguns que zombassem da idéia de Cristo vindo novamente (3:3-4). A expressão “últimos dias” é usada para descrever a era dos cristãos bem como este período de tempo é o último no plano de Deus para a redenção (veja Atos 2:16-17 e Hebreus 1:1-2 para confirmação que os “últimos dias” começaram no primeiro século). A razão para a descrença dos zombadores era que tanto tempo tinha se passado com a ordem natural das coisas continuando, sem nenhum sinal de sua vinda. Os zombadores até afirmaram que as coisas têm continuado “normalmente” desde a criação (3:4).
Pedro observa a falsidade no argumento destes escarnecedores. Eles tinham esquecido de propósito o dilúvio no tempo de Noé! Os mesmos céus e terra que foram criados pela palavra de Deus foram mais tarde destruídos pela Sua palavra (3:5-6). Pela mesma palavra os céus e a terra (isto é, o mundo) que agora existem foram reservados para a destruição pelo fogo (3:7).
Tendo corrigido a premissa falsa destes zombadores, Pedro afirma que o cumprimento da promessa da vinda de Cristo é independente do tempo que passou. Para o Senhor, mil anos são o mesmo que um dia. Pedro não está dando um horário para o cumprimento da profecia; sua ilustração pretende indicar que o Senhor não conta o tempo como fazem os homens (3:8).
A passagem do tempo não representa a infidelidade de Deus, mas antes sua misericórdia (3:9). Não obstante, o Dia do Senhor certamente virá sem aviso, como um ladrão na noite, trazendo com ele a destruição da terra e de todas as obras dos homens (3:10).
Em vista da destruição vindoura e do julgamento, Pedro encoraja estes cristãos a viverem vidas piedosas, sempre prontos para a vinda de Cristo. Eles têm que considerar a demora da vinda do Senhor como uma demonstração de longanimidade (3:11-15). O apóstolo também exorta seus leitores a evitar o perigo de decair de Cristo, pelo crescimento na graça e conhecimento de Cristo (3:15-18).






A Oração e os cinco sentidos...Orai sem cessar




Sem oração não conseguimos enxergar,em meio às densas trevas, que algumas vezes fazem parte da nossa vida.
Sem oração não conseguimos sentir o toque de Deus ao caminhar em meio às pedras que surgem ao longo da jornada.
Sem oração não conseguimos ouvir, a doce voz do Espírito Santo quando Ele nos fala ao coração.
Sem oração não conseguimos respirar a doce brisa de cada manhã.
Sem oração não conseguimos nós alimentar da mais pura palavra, o pão vivo que desceu do céu, o maná no deserto ou contemplar a sublime provisão de Deus.
Sem oração ficamos paralisados, indefesos, e sujeito a todo tipo de ataque, e não conseguimos nós defender, pois a oração é também arma de defesa.
O nosso corpo (Igreja) precisa de oração, ele precisa estar apaixonado por orar, pois só assim enxergará o amado de sua alma, assim conseguirá ouvi-lo, senti-lo, tocá-lo e por fim seremos capazes de viver a experiência da maravilhosa presença de Deus.
Sem oração não existe comunhão, e não há como contemplar, não há como adorar, não é possível sentir compaixão.
Sem oração não entendemos o que significa misericórdia.
Sem oração morreremos, é preciso orar,
Sem oração ficamos dispersos, alienados e acabamos por conformarmos com uma vida sem a GRAÇA.
Sem oração não lutamos, não enxergamos vitórias mais somente derrotas.
Sem oração calamos, e não proclamamos o Evangelho de poder.
Sem oração simplesmente esquecemos-nos das promessas.
Sem oração não somos avivados.
É preciso amar oração, ela tem que ser o nosso oxigênio.
É preciso entregar-se em oração.
Orar é entregar-se em absoluta confiança, é um exercício de fé, no invisível...
Orar é um ato de certeza, que demonstra amor, e é estar definitivamente adorando a Deus.